Vendas no varejo sobem menos que o esperado em setembro.
Como mexe com meu bolso?

As vendas no comércio varejista subiram 0,5% em setembro ante agosto, conforme apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12).
O resultado da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) veio abaixo da mediana das 23 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, que projetava um avanço de 1,3%. As projeções variavam de um recuo de 0,4% a uma alta de 2,6%.

Na série sem ajuste sazonal, portanto, comparado com setembro de 2023, o comércio varejista subiu 2,1%. Segundo o IBGE, esta foi a 16ª taxa consecutiva de alta. O acumulado no ano chegou a 4,8%, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 3,9%.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas subiu 1,8% na comparação mensal. Ante setembro de 2023, o varejo ampliado teve alta de 3,9%, acumulando no ano alta de 4,5% ante o mesmo período de 2023 e de 3,8% em 12 meses.

Por que esse dado importa para a sua vida?

Neste momento, os indicadores da atividade econômica no país importam ao mercado, especialmente devido aos alertas recentes do Banco Central (BC) a respeito de sua preocupação com a inflação.
Por um lado, uma atividade econômica forte é positiva para o crescimento do país. Mas, por outro, ela pode trazer receios por indicar que há mais pressões inflacionárias, justamente o que teme a autoridade monetária. Não à toa, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC optou por iniciar uma nova trajetória de alta da Selic e voltou a aumentar a taxa básica de juros na semana passada.
Isso porque a taxa básica de juros é o instrumento que o Banco Central tem para controlar a inflação. Quando há uma alta dos preços, a autoridade monetária pode subir os juros para encarecer o crédito às pessoas e empresas e, dessa forma, conter o consumo e frear a inflação. O mesmo acontece no cenário oposto. Se a alta dos preços está sob controle, a autoridade monetária pode cortar os juros (ou seja, "baratear o dinheiro") para incentivar que as pessoas e empresas voltem a gastar sem que isso comprometa o bolso delas, já que a alta dos preços está sob controle. Portanto, é um estímulo para a economia aquecer.
Os dados do IPCA de outubro, divulgados na última sexta-feira (8) mostraram que a inflação voltou a subir e acelerou em relação a setembro. Portanto, os temores ainda seguem no radar e os demais indicadores econômicos ajudarão o mercado a balizar suas expectativas para o que vem por aí.

O que subiu e o que caiu?

Segundo o IBGE, houve equilíbrio entre taxas positivas e negativas por setor na comparação entre setembro e agosto. Registraram alta as categorias Outros artigos de uso pessoal e doméstico (com avanço de 3,5%), Combustíveis e lubrificantes (que subiu 2,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (com alta de 1,6%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (que aumentou 0,3%).

Por outro lado, caíram as categorias de Móveis e Eletrodomésticos (com recuo de 2,9%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (que caiu 1,8%), Tecidos, vestuário e calçados (que recuou 1,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (que registrou queda de 0,9%).
No âmbito do comércio varejista ampliado, as duas atividades tiveram crescimento. Veículo e motos, partes e peças teve alta de 6,6%, e Material de construção subiu 1,1%.
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